terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Amazônia é nossa!!!!


Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque: "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do
mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. 
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!

ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS!!!!!!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A revolta da armada

Rivalidades entre a Marinha brasileira e a oligarquia cafeeira e militares da Primeira Republica.

Triste fim de Policarpo Quaresma - Sociedade Carioca na Republica Velha


O romance se focaliza no mundo carioca a vida simples do subúrbio, o cotidiano familiar e político da zona rural e a atmosfera política que se vivia na época da  República Velha. A obra que revela não só a ilusão de uma idealização criada pelos escritores românticos, mas também a dificuldade em articular um conceito de identidade nacional no país. 
Publicado em 1915, a obra é  um romance social, tem como núcleo principal um patriota puro e ardente, um tanto quanto ingênuo, um visionário, não porque seja louco ou porque seus objetivos aparentam ser absurdos, mas porque o são por não se adequarem e até contrariam aos interesses dos grupos que detêm o poder.
Policarpo quaresma era um homem extremamente nacionalista,um sonhador que defendia com unhas e dentes o que eu sua terra tinha de mais belo,ama sua pátria acima de si mesmo e por conta disto abriu mão para viver em prol do engrandecimento de sua nação.Dedicado ao serviço público, ironizado pelos que queriam levar ao ridículo aquele que trabalhava em silêncio para a grandeza e a emancipação da Pátria, o herói patriota leva a vida, metade na repartição (burocrática), sem ser compreendido, e a outra metade em também sem ser compreendido,pelos amigos e pela irmã.Era um exaltado patriota, e seu nacionalismo era tão extremado que em sua mesa, em sua biblioteca e em seu jardim havia lugar exclusivamente para comidas, livros e flores legitimamente nacionais.Eis que de repente surge sua obsessão,salvar a nação por meio de uma reforma nos costumes.
Primeiro,  Quaresma por meio de uma carta tenta convencer a Câmara de Deputados solicitando a adoação do tupi como língua oficial do país no lugar da língua portuguesa (chegou ao extremo de produzir documentos oficiais em Tupi) e foi preso em um sanatório por isso. Ao sair do sanatório, o Major Quaresma desistiu da idéia de transformação dos costumes nacionais, passou a acreditar que a solução dos males brasileiros sucederia de uma reforma na agricultura, e querendo provar que as nossas terras são mais férteis do mundo, mas vencido pela má qualidade do solo, pelas saúvas e pela mesquinharia da política local. Resolve voltar ao Rio de Janeiro para salvar a pátria dos perigos da Revolta Armada que emergiria na capital federal. Alistando-se no exercito, a favor do Marechal Floriano, se empenha nas reformas políticas do "florianismo", onde se decepciona com a política. Entretanto, essa realidade era tão forte que o maior sonho de Quaresma se concretiza, a ordem republicana foi bem sucedida, indiscrinadamente, penitencia a todos que ousam discordar dela e de tão arbitrária alcançou Policarpo, que tanto a defendia, ao entrar em defesa de alguns prisioneiros, é preso e enviado para a Ilha das Cobras, onde teria o mesmo fim dos prisioneiros por cujos direitos protestava.
O protagonista da obra Triste fim de Policarpo Quaresma, acreditava em um país onde a identidade nacional é o meio de se chegar à sua própria identidade, a conseqüência de um povo sem identidade cultural poderia se catastrófica.Lima Barreto faz pequenas criticas a aspectos da sociedade no período da República Velha,a história se mostra tensa quando o autor faz uma análise no final do livro,quando são feitas severas criticas ao positivismo e ao então presidente Floriano Peixoto.O romance discute a questão nacionalista,mas também expõe uma lacuna existente entre os idealistas e pessoas que apenas se preocupam com seus interesses e sua vida habitual.A narrativa desconstrói o mito romântico de um Brasil superior,evidenciando a distância entre o real e o sonho de Policarpo,usando de críticas sobre o idealismo inconseqüente,incapaz de ver as verdadeiras dimensões do real.Abordando o tema do patriotismo brasileiro,a obra problematiza um dos conceitos mais inveterado do caráter nacional,expondo-o ao ridículo,numa impiedosa anatomia da alma coletiva.
Uma transformação e também algumas mudanças nas identidades pessoais, pode desviar do conceito que o sujeito tem de si próprio como individuo unificado. Com a perda de um sentido de si mesmo pode ocorrer uma descentralização do sujeito,segundo Hall,esse duplo deslocamento,descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos constitui uma "crise de identidade" para o sujeito,e consequentemente para a sociedade e para o país.


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