terça-feira, 11 de setembro de 2012

A Amazônia é nossa!!!!


Essa merece ser lida, afinal não é todo dia que um brasileiro dá um esculacho educadíssimo nos americanos!

Durante debate em uma universidade, nos Estados Unidos,o ex-governador do DF, ex-ministro da educação e atual senador CRISTÓVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um brasileiro.
Esta foi a resposta do Sr.Cristóvam Buarque: "De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra a internacionalização da Amazônia.
Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio, ele é nosso.
Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos, ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país. Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e instruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês,decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre. Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio, mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhattan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do
mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro. 
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maiores do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Defendo a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola. Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceram, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo.
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!

ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA, POR RAZÕES ÓBVIAS!!!!!!!!

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

A revolta da armada

Rivalidades entre a Marinha brasileira e a oligarquia cafeeira e militares da Primeira Republica.

Triste fim de Policarpo Quaresma - Sociedade Carioca na Republica Velha


O romance se focaliza no mundo carioca a vida simples do subúrbio, o cotidiano familiar e político da zona rural e a atmosfera política que se vivia na época da  República Velha. A obra que revela não só a ilusão de uma idealização criada pelos escritores românticos, mas também a dificuldade em articular um conceito de identidade nacional no país. 
Publicado em 1915, a obra é  um romance social, tem como núcleo principal um patriota puro e ardente, um tanto quanto ingênuo, um visionário, não porque seja louco ou porque seus objetivos aparentam ser absurdos, mas porque o são por não se adequarem e até contrariam aos interesses dos grupos que detêm o poder.
Policarpo quaresma era um homem extremamente nacionalista,um sonhador que defendia com unhas e dentes o que eu sua terra tinha de mais belo,ama sua pátria acima de si mesmo e por conta disto abriu mão para viver em prol do engrandecimento de sua nação.Dedicado ao serviço público, ironizado pelos que queriam levar ao ridículo aquele que trabalhava em silêncio para a grandeza e a emancipação da Pátria, o herói patriota leva a vida, metade na repartição (burocrática), sem ser compreendido, e a outra metade em também sem ser compreendido,pelos amigos e pela irmã.Era um exaltado patriota, e seu nacionalismo era tão extremado que em sua mesa, em sua biblioteca e em seu jardim havia lugar exclusivamente para comidas, livros e flores legitimamente nacionais.Eis que de repente surge sua obsessão,salvar a nação por meio de uma reforma nos costumes.
Primeiro,  Quaresma por meio de uma carta tenta convencer a Câmara de Deputados solicitando a adoação do tupi como língua oficial do país no lugar da língua portuguesa (chegou ao extremo de produzir documentos oficiais em Tupi) e foi preso em um sanatório por isso. Ao sair do sanatório, o Major Quaresma desistiu da idéia de transformação dos costumes nacionais, passou a acreditar que a solução dos males brasileiros sucederia de uma reforma na agricultura, e querendo provar que as nossas terras são mais férteis do mundo, mas vencido pela má qualidade do solo, pelas saúvas e pela mesquinharia da política local. Resolve voltar ao Rio de Janeiro para salvar a pátria dos perigos da Revolta Armada que emergiria na capital federal. Alistando-se no exercito, a favor do Marechal Floriano, se empenha nas reformas políticas do "florianismo", onde se decepciona com a política. Entretanto, essa realidade era tão forte que o maior sonho de Quaresma se concretiza, a ordem republicana foi bem sucedida, indiscrinadamente, penitencia a todos que ousam discordar dela e de tão arbitrária alcançou Policarpo, que tanto a defendia, ao entrar em defesa de alguns prisioneiros, é preso e enviado para a Ilha das Cobras, onde teria o mesmo fim dos prisioneiros por cujos direitos protestava.
O protagonista da obra Triste fim de Policarpo Quaresma, acreditava em um país onde a identidade nacional é o meio de se chegar à sua própria identidade, a conseqüência de um povo sem identidade cultural poderia se catastrófica.Lima Barreto faz pequenas criticas a aspectos da sociedade no período da República Velha,a história se mostra tensa quando o autor faz uma análise no final do livro,quando são feitas severas criticas ao positivismo e ao então presidente Floriano Peixoto.O romance discute a questão nacionalista,mas também expõe uma lacuna existente entre os idealistas e pessoas que apenas se preocupam com seus interesses e sua vida habitual.A narrativa desconstrói o mito romântico de um Brasil superior,evidenciando a distância entre o real e o sonho de Policarpo,usando de críticas sobre o idealismo inconseqüente,incapaz de ver as verdadeiras dimensões do real.Abordando o tema do patriotismo brasileiro,a obra problematiza um dos conceitos mais inveterado do caráter nacional,expondo-o ao ridículo,numa impiedosa anatomia da alma coletiva.
Uma transformação e também algumas mudanças nas identidades pessoais, pode desviar do conceito que o sujeito tem de si próprio como individuo unificado. Com a perda de um sentido de si mesmo pode ocorrer uma descentralização do sujeito,segundo Hall,esse duplo deslocamento,descentração dos indivíduos tanto de seu lugar no mundo social e cultural quanto de si mesmos constitui uma "crise de identidade" para o sujeito,e consequentemente para a sociedade e para o país.


Leia mais em: http://www.webartigos.com/artigos/a-identidade-cultural-em-triste-fim-de-policarpo-quaresma-de-lima-barreto/36135/#ixzz265y1jyrU

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Revolução Cubana

A Revolução Cubana

Revolução Cubana foi o primeiro movimento que conseguiu resultados positivos contra a hegemonia norte-americana no continente.
Após a Guerra de Independência (1895-1898), Cuba tornou-se independente da Espanha. Desde então o país esteve muito ligado aos Estados Unidos. Tornou-se um protetorado norte-americano, quando a Constituição de 1901, aceitou a inserção da Emenda Platt, que dava o direito de intervenção (inclusive militar) aos Estados Unidos. Os norte-americanos construíram uma base militar na ilha - abase de Guantánamo -, que ainda existe. Essa emenda foi revogada em 1934.
Até meados do século XX, não houve mudanças na estrutura econômica de Cuba.  A economia continuava a ser agroexportadora, baseada no latifúndio monocultor açucareiro, e a maior parte das terras passou a ser controlada pelo capital estrangeiro, assim como a quase totalidade do setor de serviços, inclusive a rede de turismo (voltada ao turismo estrangeiro).
Cuba tornava-se cada vez mais dependente em relação aos Estados Unidos. Em Cuba, sucediam-se (entre 1930-1940), governos repressivos, envolvidos em corrupção e crimes diversos. Essa situação permaneceu até 1952, quando Cuba era governada pelo ditador Fulgêncio Batista (foi presidente entre 1940-1944), apoiado pelos Estados Unidos. Chegou novamente ao poder em 1952, por um golpe, montando uma estrutura de governo autoritária e corrupta.
O governo de Batista, servia de proteção a todo tipo de negociatas e práticas corruptas dos oficiais do exército, da pequena elite cubana e dos norte-americanos que mantinham negócios em Cuba. Enquanto a grande maioria da população vivia na pobreza. Os seus adversários políticos eram tratados com repressão, tortura e prisão em massa.
Durante o governo de Batista, começou a se organizar um grande movimento guerrilheiro nacionalista, liderado por Fidel Castro. A proposta política de Fidel era derrubar o ditador Batista e acabar com a corrupção. Reuniu um pequeno grupo de homens e tentou tomar o Quartel de Moncada (em Santiago de Cuba), e dominar o restante das forças militares do país. Fracassou no ataque e foi preso.
 Dois anos depois, foi solto e exilou-se no México, onde reuniu 82 guerrilheiros e articulou o golpe que derrubaria a ditadura de Batista.
 Desembarcaram no litoral de Cuba, em 1956. Houve luta na chegada. O grupo se dispersou, só 12 conseguiram escapar e se esconder nas florestas de Sierra Maestra. Entre eles, estava o médico argentinoErnesto Che GuevaraCamiloCienfuengos e Raul Castro (irmão de Fidel).
Fidel Castro
 
 Do alto da serra, através de rádio, passaram a pregar a luta contra o governo de Batista. Com ataques-surpresa a guarnições do exército e da polícia, foram conseguindo mais armas e munições.
Che Guevara
As idéias dos revolucionários, conquistaram sobretudo o apoio dos camponeses e operários, que sofriam com salários baixos, desemprego, falta de terra, doenças e analfabetismo.
O grupo dos 12, em pouco tempo transformou-se numa tropa que causava baixas cada vez maiores ao governo. Os revolucionários aumentavam em número e recebiam o apoio da população rural e urbana.
Os guerrilheiros desceram a serra e se espalharam pelo país, abrindo uma frente de guerra contra o exército de Batista. Nas cidades, grupos de apoio atacavam a polícia e as instalações do exército.
Em 1 de janeiro de 1959, comandados por Fidel Castro, Camilo Cienfuengos e Raul Castro, tomaram Havana e outras cidades importantes. Fulgêncio Batista e membros de seu governo abandonaram Havana. Os rebeldes dominaram Havana em 2 de janeiro de 1959. Um novo presidente assumiu, substituído depois por Fidel Castro, líder da Revolução. O novo governo tomou diversas medidas, entre as quais: reforma agrária, com a expropriação das grandes propriedades; nacionalização de empresas estrangeiras e dos setores-chave da economia, como combustíveis, sistema de comunicações e de energia elétrica (reduzindo as tarifas de imediato); reforma do ensino; para erradicar o analfabetismo, sendo a educação gratuita em todos os níveis. Medidas voltadas para a saúde pública, etc.
Em 1961, Cuba optou pelo socialismo, contrariando os interesses norte-americanos.
Os Estados Unidos reagiram à revolução cubana, com um bloqueio econômico (1959) e um golpe fracassado da CIA, a invasão da Baía dos Porcos, em 1961, por uma força militar treinada e financiada pelos Estados Unidos, formada por exilados cubanos.
A derrota norte-americana fortaleceu Fidel, que diante da ameaça dos Estados Unidos, procurou e obteve apoio da União Soviética e de outros países socialistas. Em maio de 1961, Fidel declarou que Cuba passava a ser um Estado Socialista. Num pronunciamento histórico, afirmou que adotava o marxismo-leninismo e se aproximava da URSS.
Em 1962, houve a crise dos mísseis. O governo de John Kennedy, identificou bases de mísseis soviéticos em Cuba. Esse fato gerou uma grave crise internacional. Em outubro de 1962, John Kennedy, empreendeu um bloqueio aeronaval a Cuba. Diante da ameaça dos Estados Unidos, de usarem sua força nuclear, os mísseis soviéticos foram retirados.
Sob influência dos Estados Unidos, a OEA (Organização dos Estados Americanos), expulsou Cuba da organização, determinando seu isolamento político e econômico.
Ao longo do tempo, as reformas promovidas pela Revolução Cubana, mudaram o país. O analfabetismo foi eliminado; as condições de saúde melhoraram; as terras foram distribuídas aos camponeses; as tarifas de transportes e aluguéis reduzidas; a assistência médica e a educação são gratuitas.
Com a crise dos regimes socialistas e a desintegração da União Soviética, Cuba perdeu uma importante fonte de ajuda econômica. As dificuldades da população são grandes sobretudo em relação ao abastecimento de produtos essenciais. Também, tem ocorrido manifestações de intelectuais e de outros grupos reivindicando liberdade de expressão e maior participação nas decisões políticas.
Cuba mantém-se fiel aos princípios do socialismo, embora na esfera econômica venha adotando medidas destinadas a atrair investimentos privados do exterior.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Guerra das Malvinas - 30 anos depois....


Foi um conflito bem rápido entre Grã-Bretanha e Argentina,  no começo dos anos 80 pelo controle de um pequeno arquipélago no Atlântico Sul, as ilhas Malvinas - conhecidas em inglês como Falklands. A Grã-Bretanha ocupa e administra as ilhas desde 1883, mas os argentinos, cujo litoral fica só a 480 quilômetros do lugar, nunca aceitaram esse domínio. Aproveitando essa briga histórica, o ditador argentino Leopoldo Galtieri lançou uma invasão às ilhas em 1982. No dia 2 de abril daquele ano, as tropas argentinas tomaram a capital das Malvinas, Stanley. A invasão tinha razões políticas: como as coisas não iam bem dentro da Argentina  - os ditadores eram acusados de má administração e de abuso dos direitos humanos -, o general Galtieri ocupou as Malvinas esperando unir a nação em um frenesi patriótico e, desviar a atenção da população  do governo militar. Mas ele não contava que a Grã-Bretanha reagisse prontamente à invasão, enviando às Malvinas uma força-tarefa com 28 mil combatentes - quase três vezes o tamanho da tropa argentina. E, ao contrário do que supunham os generais argentinos, os Estados Unidos não se mantiveram neutros, mas resolveram apoiar os britânicos, seus aliados na poderosa aliança militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Fornecendo armas, os americanos deram uma forcinha decisiva aos súditos de Elizabeth II (A América era para ser de quem mesmo????????????). Fortalecidos pelo apoio dos EUA, os britânicos bateram os argentinos em pouco mais de dois meses. Aos nossos vizinhos, restou voltar para casa e resolver os problemas internos. Com o fiasco nas Malvinas, o regime militar argentino afundou e foi substituído por um governo civil. Do outro lado do Atlântico, a primeira-ministra britânica Margaret Thacher - a Dama de Ferro -  aproveitou os louros da reconquista para conduzir seu Partido Conservador à vitória nas eleições daquele ano.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Moralidade e Moralismo

Moralidade e Moralismo no Brasil



O casamento infeliz da corrupção com cumplicidade e a resultante crise de autoridade na vida pública (com reflexos em toda sociedade, inclusive na familia) trazem a tona a questão da "Moralidade". Não estou usando de propósito, a palavra ética: a pobre anda humilhada demais. Não se confunda moralidade com moralismo; filho da hipocrisia. Moralidade faz parte da decencia humana fundamental. Dispensa teorias, mas é a base de qualquer convivio e ordem social. Embora não necessariamente escrita, esta contida tambem nas leis tão mal cumpridas do país.Todos conhecem seus traços mas poucos praticam. Moralidade é compostura. É exercer autoridade externa fundamentada em autoridade moral. É fiscalizar rigorosamente o cumprimento das leis,e é dificil num pais onde o desregramento impera. Exige grande coragem dizer não quando a tentação(de roubar, de enganar, ou de compactuar com tudo isso) nos assedia de todos os lados. O governo dá uns trocados aos despossuidos (salário minimo), em lugar de educãção que lhes devolveria a dignidade. É lutar pelo bem comum, perseguindo e escancarando a verdade mesmo que contraria a boa parcela da população, a chamada classe "média" que finge viver bem para mascarar as dificuldades financeiras.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Capitães de Areia

http://youtu.be/JGqlIu0IxIo


O filme é uma adaptação do livro de mesmo título escrito por Jorge Amado, escritor regionalista da segunda geração do modernismo. A história mostra a vida de meninos de rua na cidade de salvador nos anos 1930.Capitães da Areia, publicado em 1937, faz parte de um período em que a obra de Jorge Amado foi marcada pelo panfletismo e por ideais comunistas. Nesse período, também foram publicados País do Carnaval (1931), Suor (1934), Jubiabá (1935) e Mar Morto (1936). Jorge Amado também escreveu sobre temas relacionados ao cacau — Cacau (1933), Terras do Sem Fim (1943), São Jorge de Ilhéus (1944) — e romances de costumes — Gabriela, cravo e canela (1958), Dona Flor e Seus Dois Maridos (1966), Tieta do Agreste (1977) e outros.

Fly Boys

http://youtu.be/fpIXMVSnsOY


"Flyboys é um de 2006, que se passa durante a Primeira Guerra Mundial. Estrelando James Franco.
O filme segue no alistamento, treinamento e experiências de combate de um grupo de jovens americanos que se voluntariaram para se tornarem pilotos de caça da Esquadrilha Lafayette, o 124 º esquadrão aéreo, formada pelos franceses em 1916. O esquadrão foi composta por 5 oficiais franceses e 38 voluntários americanos que queria voar e combater na I Guerra Mundial, durante os anos do conflito principal, 1914-1917, antes dos Estados Unidos se juntar à guerra contra Tríplice Aliança."

Cavalo de Guerra

http://youtu.be/FS3Waptur6g

"O filme mostra a história de amizade entre um cavalo chamado Joey e o jovem Albert (Jeremy Irvine), que o domestica e o treina, na Inglaterra. Quando Joey é vendido à cavalaria e mandado para o combate durante a Primeira Guerra Mundial, eles são forçados a se separar e Albert inicia sua jornada em busca do amigo, na França, inspirando a vida de todos que encontra em seu caminho."

Capitães de Areia


CAPITÃES DA AREIA: MARGINALIDADE E COLETIVIDADE

A obra em análise mostra sua importância dentro do Modernismo e traça um paralelo com a realidade, pois mostra que temas considerados antigos ainda são importantes. Seu contexto denuncia problemas sociais como a questão do menor abandonado e das diferenças de classes que geram: discriminação, marginalidade, prostituição, miséria, pobreza, abandono, infelicidade, entre outros, o que mostra a falta de posicionamento da sociedade no que tange à busca de uma solução para questões tão presentes, ainda hoje,em nosso meio.

1 INTRODUÇÃO
“Sob a lua, num velho trapiche abandonado, as crianças dormem” (AMADO, 1982, p. 25). Essa é uma cena vista no cotidiano das cidades da década de 30. As crianças dessa época, devido a problemas familiares, buscavam refúgio na liberdade das ruas. Sobreviviam através  do  furto, com  uma  imaginação
aventureira, gozando de prazeres proibidos pela sociedade e prezando, acima de tudo, o companheirismo do grupo.De acordo com a classe social que ocupavam, eram vistas de forma diferenciada, estando freqüentemente sob o julgamento da população. Esta, com atos imprudentes, acabavam prejudicando a formação daqueles que realmente queriam ser considerados cidadãos, aumentando assim, a revolta e
a sede de vingança. Um sistema capitalista e ditador somado à condição de ser dos menores abandonados, leva à busca pelo companheirismo e apreciação da vida, pois, de certa maneira, isso significa sentir o gosto de viver intensamente cada segundo ao lado de quem realmente se identifica, quer pela semelhança de ideais e aspirações, quer pelo sofrimento, demasiado igual para todos. O autor retrata muito bem quando escreve: “[...] Amava o sol, a rua, a liberdade” (Ibidem, p. 186).
Percebe-se que, apesar da época, esses são problemas constantes e próprios da humanidade, que sempre se estrutura no egoísmo e na ambição. A Literatura cumpre então seu ofício, refletindo o contexto histórico-social, engajando-se na denúncia dos flagelos e nas mazelas sociais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 OS MENORES ABANDONADOS X SOCIEDADE DA DÉCADA DE 30 ATÉ A CONTEMPORANEIDADE.

Em seu contexto, Capitães da Areia introduz a vida dos meninos de rua vagando por Salvador com autonomia de quem conhece tudo e todos. Liderados por Pedro Bala, que desde o início torna-se um exemplo de “ser humano” para o grupo, deixavam explícita a atitude guerreira e inteligente de resolverem seus problemas. “[...] Eram bem uns cem, e desses mais de quarenta dormiam nas ruínas do velho trapiche” (Ibidem, p. 27): Sem-Pernas, Pirulito, Volta Seca, Boa Vida, Professor, Gato, João Grande, Querido-de-Deus, onde cada um encontra seu destino. Apesar de serem castigados pelo meio, procuravam suprir-se de forma que seus sonhos fossem realizados. Alguns eram conhecidos por pseudônimos:
Apelidaram-no de Professor porque num livro furtado ele aprendera a fazer mágicas com lenços e níqueis e também porque, contando aquelas histórias que lia e muitas que inventava, fazia a grande e misteriosa mágica de os transportar para mundos diversos, fazia com que os olhos vivos dos Capitães da Areia brilhassem como só brilham as estrelas da noite da Bahia (IBIDEM, p. 30). Essas crianças condenadas pela miséria viviam do furto, assim como se observa, pois, atualmente, a situação crítica do país remete a uma realidade marcada por inúmeras injustiças sociais, fazendo com que cidadãos brasileiros comportem-se como mendigos. Concordamos com o autor visitado quando ele diz que:

[...] professor doutor da Faculdade de Educação da USP Roberto da Silva, 42 [...] Após a separação dos pais, veio com a mãe e três irmãos de São José dos Campos (SP) para São Paulo. Passaram fome e perambularam pelas ruas durante quatro meses, até serem atendidos pelo Juizado de Menores, que determinou a internação das crianças na Febem – na época (1964), a entidade também abrigava menores carentes e abandonados (SALVO, 2003). Crianças que não têm voz e nem vez, apresentam uma triste semelhança com os Capitães da Areia, pois, segundo Gomes (1994, p. 20) “o romance supervaloriza a humanidade das crianças e ironiza a ganância, o egoísmo das classes dominantes”.
Mesmo sendo crianças, eram considerados homens, devido ao conhecimento prematuro que lhes era oferecido como demonstra esse trecho, que descreve João Grande (um dos membros):
É alto, o mais alto do bando, e o mais forte também, negro de carapinha baixa e músculos retesados, embora tenha apenas treze anos, dos quais quatro passados em absoluta liberdade, correndo as
ruas da Bahia com os Capitães da Areia. AMADO (Op. cit., 1982, p.28).  Logo, percebe-se uma exclusão por parte da sociedade  
“[...] Isso não são crianças, são ladrões. Velhacos, ladrões. Isso não são crianças. São capazes até de ser dos Capitães da Areia... Ladrões– repetiu com nojo” (IBIDEM, p. 73).
Morando num velho trapiche, os meninos sentiram a necessidade de apoiarem-se um ao outro, como irmãos. Lamentam pela ausência de uma educação familiar e, sobretudo, pela falta do carinho, do amor materno. “Queria alegria, uma mão que o acarinhasse, alguém que com muito amor o fizesse esquecer o defeito físico e os muitos anos [...] que vivera sozinho nas ruas da cidade [...]” (Ibidem, p. 34). Cardoso (1994, p. 25) faz uma análise sobre a temática abordada acima: “A necessidade de afeto parece marcar decididamente as pobres crianças sem pai, nem mãe, o que faz o Sem- Pernas, talvez o mais carente de todo o grupo, sentir-se angustiado devido à falta de carinho.”Convivendo com um espírito conflitante, estas crianças fazem com que o mundo reflita sobre a situação antiga, mas que ainda se encontra viva em nosso meio.
Os policiais são apontados, no livro Capitães da Areia, não como defensores da justiça, mas a favor da tortura, da marginalidade, pois agem como monstros, vêem através da infelicidade alheia o prazer de sorrir.
[...] quando os soldados bêbados o fizeram correr com sua perna coxa em volta de uma saleta. Em cada canto estava um com uma borracha comprida. As marcas que ficaram nas suas costas desapareceram. Mas dentro dele nunca desapareceu a dor daquela hora. Corria na saleta como um animal perseguido por outros mais fortes. A perna coxa se recusava a ajudá-lo. E a borracha zunia nas suas costas quando o cansaço o fazia parar. AMADO (Op. cit., 1982, p. 34). Essa não é a realidade apenas do livro de Jorge Amado e sim dos reformatórios atuais:
Relatório culpa governo paulista por violência policial. Elaborado por 13 entidades de direitos humanos e entregue à ONU, o documento diz que a multiplicação da violência policial [grifo nosso] é fruto da polícia estabelecida pela Secretaria de Segurança Pública do Estado. [...] O relatório também faz denúncias de torturas, maus tratos e mortes na FEBEM (Fundação do Bem Estar do Menor) e em estabelecimentos prisionais. “Não é à toa que essas execuções estão acontecendo. Os dados deste relatório são fruto da política estabelecida pelo Estado”, afirma Frederico dos Santos, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, entidade que assina o documento. (BARBOSA, 2003). Compreendendo a atitude de serem Capitães da Areia, o Padre José Pedro por intermédio de Pirulito consegue infiltrar-se no bando, não para apoiá-los, mas para dar assistência a pobres meninos abandonados, fazê-los refletir sobre suas ações, pois este não era santo, sabia que não podia convertê-los, queria ser um amigo. Ele queria se aproximar daquelas crianças não só para trazê-las para Deus, como para ver se havia algum meio de melhorar sua situação. Pouca influência tinha o Padre José Pedro. Não tinha mesmo influência nenhuma, nem tampouco sabia como agir para ganhar a confiança daqueles pequenos ladrões. Mas sabia que a vida deles era falta de todo carinho, era uma vida de fome e de abandono. E se o Padre não tinha cama, comida e roupa para levar até eles, tinha pelo menos palavras de carinho e, sem dúvida, muito amor no seu coração. AMADO (Op. cit., 1982, p. 65). Assim, contrariando o alto clero, o Padre José Pedro era visto como um comunista.
_Cale-se. A voz do cônego era cheia de autoridade. _Quem o visse falar diria que é um comunista que está falando. E não é difícil. No meio dessa gentalha o senhor deve ter aprendido as teorias deles... O senhor é um comunista, um inimigo da igreja[...] (IBIDEM, p. 134). Nessa visão, os comunistas da época eram reprimidos por um sistema socialista onde as pessoas não poderiam expressar suas opiniões, ser contra a igreja e a política. Um dos personagens do livro, “Pirulito”, identifica-se com a função religiosa, e em breve cumprirá seu destino “No dia em que o Padre José começou a falar de Deus, do céu, de Cristo, da bondade e da Piedade, Pirulito começou a mudar. Deus o chamava e ele sentia sua voz poderosa no trapiche” (Ibidem, p. 99). A dificuldade religiosa apresentada por Jorge Amado em Capitães da Areia não foi seu último foco. Outra situação preocupante é o Sem-Pernas, como o próprio nome diz, ele era coxo. “Era o espião do grupo, aquele que sabia se meter na casa de uma família uma semana, passando por um bom menino perdido dos pais na imensidão agressiva da cidade. Coxo, o defeito físico valera-lhe o apelido”. (Ibidem, p. 30). Enganava as pessoas para tentar sobreviver e reprimido por elas era movido por um sentimento de ódio. “Sangrava e ainda hoje ouve como os soldados riam e como riu aquele homem de colete cinzento que fumava charuto” (IBIDEM, p. 34). Ele já havia perdido a confiança nas pessoas. Não acreditava que elas fossem capazes de acolhê-lo porque gostavam dele e sim porque tinha pena do defeito físico que possuía. “Para o Sem-Pernas elas o acolhiam de remorso. Porque o Sem-Pernas achava que eles
eram todos culpados da situação de todas as crianças pobres. E odiava a todos, com um
ódio profundo” (Ibidem, p. 108). Sabe-se que, a discriminação para com os deficientes ainda persiste. Crianças, jovens e adultos continuam a serem vítimas de uma sociedade individualista e capitalista que não os incluem como pessoas normais capazes de estudar e ter uma vida profissional digna. Competências todos têm, falta-lhes espaço, oportunidade para desempenhá-las. Ao enfrentar esses problemas sociais, os Capitães da Areia descobrem Dora e Zé Fuinha vagando pela cidade. Estes perderam a mãe que, assim como muitos, foram vítimas da Bexiga, doença que alastrava por toda Salvador. Esse trecho retrata com bastante ênfase a visão discriminadora das pessoas em relação a Dora que, ao contrário de sua mãe, não contraiu a doença. O medo e o preconceito afastavam Dora e Zé Fuinha do mundo.
_ A senhora tinha me prometido um emprego...
_ De que foi que Margarida morreu?
_ De bexiga, sim senhora.
Dora não sabia que dizendo aquilo tinha perdido a possibilidade do emprego.
_ De varíola?
[...] _ Dos Reis, passe um pano com álcool no portão, onde esta menina pegou. Não é bom brincar com varíola... (Ibidem, p. 147). Dora, com seus treze anos, contribuiu para a união do grupo e principalmente para a descoberta do amor. A única menina do membro, ela foi a inspiração para que os desejos se realizassem. Todos a viam de um jeito, irmã, mãe, e para o chefe Pedro Bala, esposa. Pedro Bala, apenas com quinze anos, tinha garra para liderar o grupo e depois encontrara em Dora não o prazer, mas o amor verdadeiro:
Desde cedo foi chamado assim, desde seus cinco anos. Hoje tem quinze anos. Há dez que vagabundeia nas ruas da Bahia. Nunca soube de sua mãe, seu pai morrera de um balanço. Ele ficou sozinho e empregou anos em conhecer a cidade. Hoje sabe de todas as ruas e de todos os seus becos. (Ibidem, p. 26). Contudo, esse relacionamento não durou muito. Pedro Bala foi preso e levado para o reformatório, lugar cuja caracterização assemelha-se à FEBEM.
A Febem (Fundação Estadual do Bem Estar do Menor) de São Paulo completou 30 anos na última sexta-feira (12) envolta em irregularidades e com pouco a comemorar. Nascida sob a repressão da ditadura militar em 1973, a instituição teve a “infância” e adolescência tão problemáticas quanto as dos menores que hoje abriga – as primeiras denúncias de tortura e maus-tratos vieram à tona já em 1977. A passagem para a vida adulta não foi diferente, marcada por rebeliões com mortes como a de Imigrantes, em 1999, e os freqüentes motins das problemáticas unidades de Franco da Rocha. Em crise permanente, a instituição completa três décadas marcada pela política truculenta e violenta de encarceramento em grandes complexos, sem ter assimilado ainda as medidas sócio-educativas previstas no Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), promulgado em 1990. Trocou de presidente mais de 60 vezes. (SALVO, 2003). Pedro Bala, que sempre lutava por liberdade, encontrava-se numa cafua:Era um pequeno quarto, por baixo da escada, onde não se podia estar em pé, porque não havia altura, nem tampouco estar deitado ao comprido, porque não havia comprimento. Ou ficava sentado, ou deitado com as pernas voltadas para o corpo numa posição mais que incômoda. AMADO (Op. cit., 1982, p. 173). Enclausurado pela angústia de não ver Dora, que se encontra num orfanato, Pedro Bala é um jovem feliz, porque tem amigos, ama Dora e é livre para viver nas ruas. E essa ansiedade que toma conta de seu espírito, esse companheirismo que se espalha pelos Capitães da Areia fazem deles não um bando de marginais, mas um grupo organizado, vivendo em coletividade com o entusiasmo de quem quer ser livre. Assim, Pedro Bala não fica preso por muito tempo e resgata Dora, que depois de adoecer, falece em seus braços.
Em torno é a paz da noite. Nos olhos mortos de Dora, olhos de mãe, de irmã, de noiva e de esposa, há uma grande paz. Alguns meninos choram. Volta Seca e João Grande vão levar o corpo. Mas, parado ante ele, está Pedro Bala, imóvel. Volta Seca não pode estender as mãos. João Grande chora como uma mulher. (IBIDEM, p. 191). Naquele momento, “os homens” voltam a ser crianças, são pessoas sensíveis que diante de uma situação de perda, choram. A coletividade que movia o grupo fazia deles seres resistentes, persistentes. Todos eram iguais, pois além da aparência de Capitães da Areia, foram meninos, que minuciosamente divertiam-se observando, brincando, aprendendo com a vida. O Sem-Pernas botou o motor para trabalhar. E eles esqueceram que não tinham lar, nem mãe, que viviam de furto como homens, que eram temidos na cidade como ladrões. Esqueceram as palavras da velha de “lorgnon”. Esqueceram tudo e foram iguais a todas as crianças, cavalgando os ginetes do carrossel, girando com as luzes. (IBIDEM, p. 73).
Após redescobrirem o caminho para a liberdade, alguns dos integrantes dos Capitães da Areia espalharam-se, mas sempre guardando com eles a amizade. Professor, Pirulito, Pedro Bala foram exemplos de crianças sofridas que amadureceram e procuraram fazer uma revolução, inovando suas vidas. Transformaram seus sonhos  em realidades. O Professor foi pintor, Pirulito, coroinha, Pedro Bala, sindicalista. “De punhos levantados, as crianças saúdam Pedro Bala, que parte para mudar o destino de outras. Barandão grita na frente de todos, ele agora é o novo chefe”. (IBIDEM, p. 230). Volta Seca e Sem-Pernas não tiveram a mesma sorte. O primeiro, depois de seguir Lampião, vira um cangaceiro temido e condenado à prisão:
O que não era verdade, como o próprio “Jornal da Tarde” noticiou tempos depois, ao relatar, em edições extraordinárias e sucessivas, o júri que condenou Volta Seca a trinta anos de prisão por quinze mortes conhecidas e provadas. (IBIDEM, p. 218). Já o segundo, após um roubo, suicida-se jogando-se de uma montanha. “A praça toda fica em suspenso por um momento. “Se jogou”, diz uma mulher, e desmaia. Sem-Pernas se rebenta na montanha qual um trapezista de circo que não tivesse alcançado o outro trapézio” (IBIDEM, p. 215). Assim como o trágico destino de alguns personagens, hoje os jovens perdem se no meio de tantos conflitos e pela negligência e conscientização das pessoas em ajudá-los, tornam-se criminosos:
Mas publicava também parte do relatório do médico-legista, cavalheiro de honestidade e cultura desconhecidas, já então um dos grandes sociólogos e etnógrafos do país, relatório que provava que Volta Seca era um tipo absolutamente normal e que se virara cangaceiro e matara tantos homens e com tamanha crueldade não fora por vocação de nascença. Fora o ambiente... e vinham as devidas considerações científicas. (IBIDEM, p. 218).

O que também ocorre na FEBEM:
Passados 30 anos, a Febem continua tendo de lidar com altos índices de reincidência e criminalização. Dados do censo do sistema penitenciário revelam que 15% da população carcerária do Estado passou pelas unidades da Febem. Além disso, 19% dos 6.623 internos de hoje voltam à instituição depois que saem dela. (SALVO,2003).
Contudo, Capitães da Areia é uma obra da 2ª Geração Modernista que se destaca por abordar temas contemporâneos, denunciando a vida dos meninos abandonados, num regionalismo apresentado por Jorge Amado, que denunciou os problemas sociais ocorridos na época. Maus-tratos, torturas e violência por parte de funcionários são os responsáveis por situar a Febem em vários relatórios de violações de direitos humanos de organizações internacionais e entidades civis. (SALVO, 2003).
E esses problemas denunciados pelo escritor, infelizmente, persistem na atualidade. A metodologia de recuperação de menores precisa ser urgente e profundamente revista por profissionais capacitados, sob uma administração eficaz.

3 CONCLUSÃO

A obra Capitães da Areia revela um quadro de um país que vem sofrendo, há vários séculos, com um sistema social perverso. Acontece uma transferência de responsabilidade, envolvendo autoridades que nada fazem para mudar essa situação.
Com relação à educação dos menores da Febem, o advogado Ariel de Castro Alves (2003) relata que “o Estado está reconhecendo que até hoje não teve competência para educar esses menores”. O país precisa urgentemente de tomar providências, pois, problemas histórico-sociais ainda persistem por falta de vontade política e solidariedade ao próximo.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Projeto Ditadura Militar 2011


Imperialismo


Imperialismo é a política de expansão e o domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras, ou sobre uma ou várias regiões geográficas.
O imperialismo contemporâneo pode ser também denominado como neocolonialismo, por possuir muitas semelhanças com o regime vigorado entre os séculos XV e XIX, o colonialismo.
No final do século XIX e começo do século XX, a economia mundial viveu grandes mudanças. A tecnologia da Revolução Industrial aumentou ainda mais a produção, o que gerou uma grande necessidade de mercado consumidor para esses produtos e uma nova corrida por matérias primas.
“Um país imperialista era um país que dominava economicamente o outro”, e desse modo a capitalização das nações imperialistas gradativamente se ampliava, assim como a "absorção" dos países dominados pelos monopólios, mão-de-obra barata e abundante e mercados consumidores, levavam ao ciclo do novo colonialismo, que é o produto da expansão constante do imperialismo.
Os países imperialistas dominaram muitos povos de várias partes do planeta, em especial dos continentes africano e asiático. Porém, a maior parte dos capitalistas e da população desses países se sobrepunha tendo como afirmativa que suas ações eram justas e até benéficas à humanidade em nome da ideologia do progresso. Dessa forma, tinham 3 visões explicativas: o etnocentrismo, baseado na idéia de que existiam povos superiores a outros (europeus superiores a asiáticos, indígenas e africanos, exemplos clássicos), da mesma forma o darwinismo social que interpretava a teoria da evolução duma forma errônea, afirmando a hegemonia de alguns sobre outros pela seleção natural.
Assim, no final do século XIX e o começo do século XX, os países imperialistas se lançaram numa corrida por matéria-prima, mercados consumidores e países com uma fragilidade política, com o intuito de colonizar, o que desencadeou rivalidade entre os mesmos e concretizou o principal motivo da Primeira Guerra Mundial, dando princípio à “nova era imperialista".
§                     Os principais países que adotaram a prática do imperialismo:- Inglaterra, França, Bélgica, Itália, Alemanha, Portugal, Espanha, Holanda (Paises Baixos), Japão, Rússia, Espanha e Império Otomano.














O que é cultura?

A história do homem é marcada pela coexistência de múltiplas culturas. Essa variedade é muito importante, pois observando as práticas e tradições de outros povos, somos levados a refletir sobre a "coletividade" a qual pertencemos. Afinal, será que são gratuitas as diferentes formas de organizar a vida social, de conceber e expressar a realidade?