Blog dedicado ao estudo de história. Não uma história pronta e acabada, mas uma história a ser repensada.
sexta-feira, 8 de maio de 2020
O outro Tutancâmon: o luxuoso túmulo de Psusenes I, o Faraó de Prata
O outro Tutancâmon: o luxuoso túmulo de Psusenes I, o Faraó de Prata: Com um caixão de prata maciça, máscara funerária feita somente de ouro e inúmeros objetos valiosos, a tumba do rei se tornou rival da do Faraó de Ouro
sábado, 21 de março de 2020
Senso crítico, senso comum e conhecimento científico.
Leia o texto e responda às questões a seguir.

Senso crítico significa a capacidade de questionar e analisar de forma racional e inteligente. Ao utilizar o senso crítico, o indivíduo usa de suas faculdades para pensar e questionar o que observa, aprimorando sua capacidade intelectual, conseguindo assim estudar, pesquisar e resolver os fatos e condições da melhor maneira possível.
Questionando e refletindo sobre os assuntos, o homem aprendeu, durante sua história, a buscar a verdade, a conscientizar-se de sua realidade dentro do ambiente em que vive.
A filosofia estabelece que o senso crítico é atrelado ao desenvolvimento de uma consciência reflexiva no mundo em que vive, baseada nas experiências do ego, através de uma autocrítica e de uma crítica da sociedade em que está baseado.
O Senso Crítico tem por base aquilo que é concreto: a análise crítica, a pesquisa, a reflexão. É muito aproveitável e bom para o indivíduo e para a sociedade. Isso se deve ao fato de que ao utilizar o Senso Crítico o indivíduo passa a pensar e refletir. E com isso aprimora suas capacidades intelectuais. Muitas vezes a maioria das pessoas deixa de solucionar problemas de maneira coerente por não parar para refletir e estudar a melhor maneira de resolvê-los.
É preciso perguntar sempre. Perguntar a si mesmo se o que temos ao nosso dispor é realmente bom para nós, se é possível melhorar, se é verdade. Nunca devemos aceitar as coisas sem questionar, pois questionar é pensar. E pensar é humano.

O senso comum é o conhecimento que nos ajuda a nos situarmos no cotidiano, para compreendê-lo e agir sobre ele. Mais importante, poderíamos dizer que se trata de um conjunto de crenças, já que esse conhecimento quase sempre recebemos pela tradição, de modo espontâneo e não critico. Mas não só, trata-se também do esforço que fazemos para resolver os problemas que surgem no dia a dia, buscando soluções muitas vezes bastante criativas.
O senso comum é frequentemente subjetivo, porque depende do ponto de vista individual e pessoal, não fundado no objeto, e condicionado por sentimentos ou afirmações arbitrarias do sujeito.
Diferentemente do senso crítico, são as opiniões inconclusivas, sem um fundamento mais aprofundado, ou seja, são tradições e maneiras de viver que se desenvolvem numa sociedade, fazendo parte da herança cultural de uma população. É a maneira que a maioria das pessoas encontra para reagir conforme o que a sociedade pede delas, sem necessitar de julgamentos ponderados e inteligentes, analisados e coerentes com uma percepção mais aguçada.

O conhecimento científico é uma conquista recente da humanidade, datando de cerca de quatrocentos anos. No pensamento grego, ciência e filosofia achavam-se ainda vinculadas e só vieram a se separar a partir da Idade Moderna, no século XVII, com a revolução científica instaurada por Galileu.
A ciência moderna nasce ao determinar seu objeto específico de investigação e ao criar um método confiável pelo qual estabelece o controle desse conhecimento. São os métodos rigorosos que possibilitam demarcar um conhecimento sistemático, preciso e objetivo que permita a descoberta de relações universais entre os fenômenos, a previsão de acontecimentos e também a ação sobre a natureza de maneira mais segura.
Conhecimento científico é a informação e o saber que parte do princípio das análises dos fatos reais e cientificamente comprovados. Esse tipo de conhecimento surgiu da necessidade e do desejo que o ser humano tem em saber como as coisas funcionam, não as aceitando de forma passiva e sem questionamentos. Com isso, foi possível ao ser humano entender os fenômenos naturais e intervir cada vez mais nos acontecimentos diários. Quando utilizado de forma correta, esse tipo de conhecimento traz muitos avanços para a humanidade. O conhecimento científico é expresso sob a forma de enunciados que demonstram, experimentam e comprovam as condições que determinam a ocorrência dos fatos e dos fenômenos relacionados a um problema, tornando claras as relações e os sistemas de dependência que existem entre suas propriedades.
O conhecimento científico é uma continuação do senso comum, pois é por meio dele que se investe em pesquisas para comprovar ou desmentir fatos que são baseados no senso comum. O que diferencia o senso comum do conhecimento científico é o rigor. Enquanto o senso comum é acrítico, fragmentado, preso a preconceitos e a tradições conservadoras, a ciência preocupa-se com as pesquisas sistemáticas que produzam teorias que revelem a verdade sobre a realidade, uma vez que a ciência produz o conhecimento a partir da razão.

As conclusões a que chegam os cientistas são avaliadas pelos seus pares, que pertencem a uma comunidade intelectual encarregada do constante exame crítico desses resultados. Uma comunidade científica pode ser entendida como o conjunto dos indivíduos que se reconhecem e são reconhecidos como possuidores de conhecimentos específicos na área da investigação científica.
Até pouco tempo atrás as grandes realizações científicas eram fruto de gênios individuais, enquanto hoje em dia, cada vez mais, o trabalho da ciência é feito em equipe.
O processo de desnaturalização ou estranhamento da realidade
Sociologia: O processo de desnaturalização ou estranhamento da realidade
Processo de construção do olhar sociológico
Processo de construção do olhar sociológico
O olhar sociológico é um olhar que não é o do historiador ou o do geógrafo, tampouco
o do filósofo. De modo a destacar as particularidades do olhar sociológico, bem como as
preocupações inerentes à Sociologia enquanto ciência, dentre as Ciências Humanas, é
importante entender a especificidade do olhar sociológico sobre a realidade. Qual é esse olhar?
A palavra “estranhamento” está relacionada com esse olhar. Para a construção do olhar
sociológico, é preciso lançar um olhar de estranhamento sobre a realidade.
Dito de outro modo é preciso “desnaturalizar” o olhar.
O treino do olhar é o primeiro passo para a construção de um olhar sociológico para a
realidade, e este se faz com base no estranhamento do cotidiano. Estamos acostumados a
encarar tudo como natural, como se o mundo e as coisas que nos cercam fossem “naturais” e
sempre tivessem sido assim. Para desenvolver um olhar sociológico é preciso quebrar tal forma
de encarar a realidade.
O olhar de estranhamento tem a ver com observar a realidade e compreender que o
nosso olhar nunca é neutro. O ser humano não olha simplesmente. Toda vez que observa algo, o
faz a partir de uma perspectiva, de um ponto de vista. Esse olhar é repleto de prenoções que
podem ser positivas ou negativas. E o estranhamento nos ajuda a ter consciência disso.
Mesmo indo a um lugar que não conheciam, esse olhar lançado sobre o desconhecido é
onde se encontra um dos objetivos da Sociologia é debruçar-se sobre tais preconceitos e
prenoções, identificando e ressignificando-os.
O imediatismo do olhar
O objetivo aqui é dar continuidade à explicação do que é o olhar sociológico a partir da
discussão a respeito do olhar do senso comum em contraposição ao olhar científico. Veja o
texto abaixo.
Olhamos o mundo e parece que simplesmente vemos as coisas tal como elas
são. Entretanto, ao olhar alguma coisa e nomeá-la, é preciso ter antes uma ideia
do que ela seja; as pessoas têm alguma ideia do que é um carro, e, por isso,
quando veem diferentes carros, podem dizer que viram um.
O olhar humano sempre está repleto de prenoções sobre a realidade que nos
ajudam a compreendê-la. E elas estão repletas de conhecimento do senso
comum. O conhecimento do senso comum é uma forma válida de pensamento,
mas não é a única possível. Há, por exemplo, o conhecimento científico. O
conhecimento científico parte do senso comum para olhar a realidade, mas ele
sempre precisa ir além do senso comum.
Nosso olhar nunca é um olhar neutro, ele está sempre repleto dessas
prenoções que vêm do senso comum. Para lançar um olhar sociológico sobre a
realidade é necessário afastar-se dessa forma de observá-la. E é necessário um
método. Método é a forma pela qual um cientista observa e analisa seu objeto
de estudo. Ou seja, é o modo como estuda a realidade. Os métodos variam de
uma ciência para outra, dependendo do seu objeto de estudo, ou seja, daquilo
que elas estudam.
Toda construção científica é um lento processo de afastamento do senso
comum. Não se pensa sociologicamente quando imerso no senso comum. O
problema é que estamos imersos nele. Nossa maneira de pensar, de agir e de
sentir está repleta desse tipo de conhecimento. Apesar de ser uma forma válida
de conhecimento, não é ciência. A ciência se constrói a partir de um cuidado
metodológico ao olhar a realidade que procura se afastar dos juízos de valor
típicos do senso comum. E para construir um olhar sociológico sobre a
realidade, o primeiro recurso metodológico é o olhar de estranhamento.
Elaborado especialmente para o São Paulo faz escola.
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