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A Revolução Cubana foi o primeiro movimento que conseguiu resultados positivos contra a hegemonia norte-americana no continente.
Após a Guerra de Independência (1895-1898), Cuba tornou-se independente da Espanha. Desde então o país esteve muito ligado aos Estados Unidos. Tornou-se um protetorado norte-americano, quando a Constituição de 1901, aceitou a inserção da Emenda Platt, que dava o direito de intervenção (inclusive militar) aos Estados Unidos. Os norte-americanos construíram uma base militar na ilha - abase de Guantánamo -, que ainda existe. Essa emenda foi revogada em 1934.
Até meados do século XX, não houve mudanças na estrutura econômica de Cuba. A economia continuava a ser agroexportadora, baseada no latifúndio monocultor açucareiro, e a maior parte das terras passou a ser controlada pelo capital estrangeiro, assim como a quase totalidade do setor de serviços, inclusive a rede de turismo (voltada ao turismo estrangeiro).
Cuba tornava-se cada vez mais dependente em relação aos Estados Unidos. Em Cuba, sucediam-se (entre 1930-1940), governos repressivos, envolvidos em corrupção e crimes diversos. Essa situação permaneceu até 1952, quando Cuba era governada pelo ditador Fulgêncio Batista (foi presidente entre 1940-1944), apoiado pelos Estados Unidos. Chegou novamente ao poder em 1952, por um golpe, montando uma estrutura de governo autoritária e corrupta.
O governo de Batista, servia de proteção a todo tipo de negociatas e práticas corruptas dos oficiais do exército, da pequena elite cubana e dos norte-americanos que mantinham negócios em Cuba. Enquanto a grande maioria da população vivia na pobreza. Os seus adversários políticos eram tratados com repressão, tortura e prisão em massa.
Durante o governo de Batista, começou a se organizar um grande movimento guerrilheiro nacionalista, liderado por Fidel Castro. A proposta política de Fidel era derrubar o ditador Batista e acabar com a corrupção. Reuniu um pequeno grupo de homens e tentou tomar o Quartel de Moncada (em Santiago de Cuba), e dominar o restante das forças militares do país. Fracassou no ataque e foi preso.
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As idéias dos revolucionários, conquistaram sobretudo o apoio dos camponeses e operários, que sofriam com salários baixos, desemprego, falta de terra, doenças e analfabetismo.
O grupo dos 12, em pouco tempo transformou-se numa tropa que causava baixas cada vez maiores ao governo. Os revolucionários aumentavam em número e recebiam o apoio da população rural e urbana.
Os guerrilheiros desceram a serra e se espalharam pelo país, abrindo uma frente de guerra contra o exército de Batista. Nas cidades, grupos de apoio atacavam a polícia e as instalações do exército.
Em 1 de janeiro de 1959, comandados por Fidel Castro, Camilo Cienfuengos e Raul Castro, tomaram Havana e outras cidades importantes. Fulgêncio Batista e membros de seu governo abandonaram Havana. Os rebeldes dominaram Havana em 2 de janeiro de 1959.
Em 1961, Cuba optou pelo socialismo, contrariando os interesses norte-americanos.
Os Estados Unidos reagiram à revolução cubana, com um bloqueio econômico (1959) e um golpe fracassado da CIA, a invasão da Baía dos Porcos, em 1961, por uma força militar treinada e financiada pelos Estados Unidos, formada por exilados cubanos.
A derrota norte-americana fortaleceu Fidel, que diante da ameaça dos Estados Unidos, procurou e obteve apoio da União Soviética e de outros países socialistas. Em maio de 1961, Fidel declarou que Cuba passava a ser um Estado Socialista. Num pronunciamento histórico, afirmou que adotava o marxismo-leninismo e se aproximava da URSS.
Em 1962, houve a crise dos mísseis. O governo de John Kennedy, identificou bases de mísseis soviéticos em Cuba. Esse fato gerou uma grave crise internacional. Em outubro de 1962, John Kennedy, empreendeu um bloqueio aeronaval a Cuba. Diante da ameaça dos Estados Unidos, de usarem sua força nuclear, os mísseis soviéticos foram retirados.
Sob influência dos Estados Unidos, a OEA (Organização dos Estados Americanos), expulsou Cuba da organização, determinando seu isolamento político e econômico.
Ao longo do tempo, as reformas promovidas pela Revolução Cubana, mudaram o país. O analfabetismo foi eliminado; as condições de saúde melhoraram; as terras foram distribuídas aos camponeses; as tarifas de transportes e aluguéis reduzidas; a assistência médica e a educação são gratuitas.
Com a crise dos regimes socialistas e a desintegração da União Soviética, Cuba perdeu uma importante fonte de ajuda econômica. As dificuldades da população são grandes sobretudo em relação ao abastecimento de produtos essenciais. Também, tem ocorrido manifestações de intelectuais e de outros grupos reivindicando liberdade de expressão e maior participação nas decisões políticas.
Cuba mantém-se fiel aos princípios do socialismo, embora na esfera econômica venha adotando medidas destinadas a atrair investimentos privados do exterior.
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Blog dedicado ao estudo de história. Não uma história pronta e acabada, mas uma história a ser repensada.
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Revolução Cubana
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
Guerra das Malvinas - 30 anos depois....
Foi um conflito bem rápido entre Grã-Bretanha e Argentina, no começo dos anos 80 pelo controle de um pequeno arquipélago no Atlântico Sul, as ilhas Malvinas - conhecidas em inglês como Falklands. A Grã-Bretanha ocupa e administra as ilhas desde 1883, mas os argentinos, cujo litoral fica só a 480 quilômetros do lugar, nunca aceitaram esse domínio. Aproveitando essa briga histórica, o ditador argentino Leopoldo Galtieri lançou uma invasão às ilhas em 1982. No dia 2 de abril daquele ano, as tropas argentinas tomaram a capital das Malvinas, Stanley. A invasão tinha razões políticas: como as coisas não iam bem dentro da Argentina - os ditadores eram acusados de má administração e de abuso dos direitos humanos -, o general Galtieri ocupou as Malvinas esperando unir a nação em um frenesi patriótico e, desviar a atenção da população do governo militar. Mas ele não contava que a Grã-Bretanha reagisse prontamente à invasão, enviando às Malvinas uma força-tarefa com 28 mil combatentes - quase três vezes o tamanho da tropa argentina. E, ao contrário do que supunham os generais argentinos, os Estados Unidos não se mantiveram neutros, mas resolveram apoiar os britânicos, seus aliados na poderosa aliança militar da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte). Fornecendo armas, os americanos deram uma forcinha decisiva aos súditos de Elizabeth II (A América era para ser de quem mesmo????????????). Fortalecidos pelo apoio dos EUA, os britânicos bateram os argentinos em pouco mais de dois meses. Aos nossos vizinhos, restou voltar para casa e resolver os problemas internos. Com o fiasco nas Malvinas, o regime militar argentino afundou e foi substituído por um governo civil. Do outro lado do Atlântico, a primeira-ministra britânica Margaret Thacher - a Dama de Ferro - aproveitou os louros da reconquista para conduzir seu Partido Conservador à vitória nas eleições daquele ano.
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